O post de hoje é uma mistura de
perrengue com dica de restaurante. Explico:
Estávamos em Roma, cidade que
demorei a conhecer, mas que passou à lista das minhas favoritas desde o
primeiro momento.
Depois de uma manhã cheia de
passeios, pausa para o almoço. Escolhemos, aleatoriamente, um restaurante
chamado Tritone. Demos sorte. Uma típica cantina italiana, com comida saborosa,
preço justo e ótimo atendimento. Recomendo.
Éramos eu, meu marido e Tomás, na
época com 6 anos. Escolhemos uma boa mesa, tiramos casacos, luvas e gorros e
levei o Tomás ao toalete.
O garçom nos indicou o caminho.
Bastava descer uma escada e veríamos as plaquinhas de “Uomo” e “Donna”.
Descemos e entrei com o Tomás no
banheiro feminino. Ele, na pressa que lhe é típica, fez o que tinha de ser
feito e subiu correndo as escadas sem me esperar.
Enquanto eu lavava as mãos, uma
senhora ao meu lado secou as dela e saiu do banheiro, subindo as mesmas escadas
que o Tomás há pouco havia subido. Foi quando escutei um “POW” seguido de um
grito de espanto, ou de horror, para ser mais precisa.
Já prevendo o acontecido, pois
sexto sentido de mãe não falha, corri sem sequer enxugar minhas mãos. Encontrei
Tomás já sentado à mesa, sem uma gota de sangue no rosto.
–O que houve? -indaguei com medo da resposta.
–O que houve? -indaguei com medo da resposta.
-Eu pensei que fosse você -ele
respondeu, já querendo chorar.
- Que fosse eu? Como assim?
-Eu fiquei escondido no começo da
escada para te dar um susto...
-E...? -perguntei, sentindo que o
sangue do meu rosto também estava sumindo...
-E acabei dando um susto na
pessoa errada, mas foi sem querer!
Enquanto eu também me recuperava
do susto, meu marido foi se desculpar com a senhora, que, graças a Deus, não
arrumou confusão.
Pouco tempo depois, o dono do
restaurante veio nos cumprimentar, pois o garçom havia informado que éramos
turistas brasileiros.
Tomás entrou em pânico, pois, sem
entender o diálogo, achava que estávamos sendo expulsos. Perguntou
insistentemente: - O que ele quer? –O que ele está dizendo?-O que ele está
fazendo na nossa mesa?
Quando o proprietário nos
presenteou com alguns souvenirs do restaurante, Tomás respirou aliviado.
Mal sabia o gentil italiano que
aquele garoto diante dele estava espantando a sua clientela...
Nenhum comentário:
Postar um comentário