Muita gente me pergunta qual das
minhas viagens eu considero a melhor.
É verdade que sempre tive
excelentes companheiros de viagem e já conheci os mais longínquos e incríveis
lugares.
Mas se é para eleger uma só
viagem, digo sem titubear: O safári que fizemos na África do Sul. Vou explicar
tudo, desde o começo.
Viajamos pela South African,
saindo de São Paulo com destino a Johanesburgo.
Chegamos a Johanesburgo a tempo
de dar uma volta na cidade. Passamos a noite lá e viajamos na manhã do dia
seguinte.
Pegamos um voo da Federal Air, em
um avião com capacidade para 15 pessoas. O voo teve duração de 30 minutos, mas
para mim, que tenho pavor a avião, ainda mais quando ele é pequeno e balança
feito uma folha de papel, esses minutos me pareceram uma eternidade.
Nosso projeto de aeronave pousou
na pista privativa do Rattray’s on Mala Mala, nosso lodge em umas das mais
conceituadas reservas da África do Sul, vizinho ao Kruger National Park.
Um carro nos esperava na pista de
pouso. Em 10 minutos já estávamos fazendo o nosso check-in. O lodge possuía
apenas 8 acomodações (que mais pareciam casas) com quarto, dois banheiros e uma
piscina privativa em cada uma delas.
Recebemos um livro com a lista de
todos os mamíferos, pássaros, répteis e árvores da região. Eu estava ansiosa
para ver de pertinho os “Big 5” – leão, búfalo, rinoceronte, leopardo e
elefante – e a Marula Tree.
Fomos apresentados ao nosso
Ranger, que apelidamos de Superman. Ele era nosso motorista, guia, garçom e
despertador. Para ser selecionado ranger do Mala Mala, o candidato passa por
testes de tiro, direção e conhecimentos da região, o que envolve os nomes de
todos os animais e plantas.
Na primeira noite que passamos
lá, tivemos um jantar especial, onde conhecemos o casal que seria nosso
companheiro tanto nos safáris quanto nas refeições. Conhecemos também todo o
staff do Mala Mala, com direito a fogueira e uma apresentação de músicas
africanas.
Éramos acordados sempre às 5 da
manhã, com um telefonema do nosso ranger, nos convidando para um suco antes de
sairmos para o safári diurno. Nunca imaginei, em estando de férias, acordar tão
cedo. E com tanta disposição.
Depois do nosso suco, saíamos em
uma Land Rover aberta. Nosso ranger dirigia com uma arma presa à frente do
carro. É indescritível o nascer do sol na savana Africana.
Vimos manadas de elefantes,
leopardos correndo, girafas, hipopótamos, rinocerontes, leões, búfalos e vários
outros animais.
Ao final do safári diurno,
retornávamos para o nosso lodge, onde nos era servido um café da manhã digno da
realeza. Com direito a uma patinha desenhada na manteigueira. Eu adoro um
detalhe.
Depois do café e até a hora do
almoço o nosso tempo era livre. Podíamos ir à biblioteca, ao spa, tomar banho de
piscina, acessar a Internet (sim, havia Internet e o sinal era melhor do que o
da minha casa). Claro que não podíamos sair do lodge.
Almoçávamos e tínhamos mais tempo
livre até a hora do safári noturno, que começava às 4 da tarde. Às 3h30min nosso ranger nos chamava para um
pequeno lanche antes de partirmos.
No segundo safári do dia, víamos
o por do sol e entrávamos pela noite, com nosso guia dirigindo o carro com uma
mão e segurando um holofote com a outra. Presenciamos um leão estraçalhando uma
presa, aceleramos em busca de um leopardo e participamos de várias aventuras.
Afinal, éramos guiados pelo Superman.
Em um dos safáris, todos os
hóspedes e respectivos rangers se reuniram para um piquenique no alto de uma
montanha. Foi o por do sol mais lindo que eu já vi.
Depois dos safáris noturnos, voltávamos
para o lodge e jantávamos. Aqueles que quisessem poderiam esticar a noite no
bar. Importante registrar aqui que a comida era maravilhosa. E todas as
refeições já estavam inclusas no valor da diária.
No nosso lodge não era permitido
menores de 16 anos. Entretanto, pedimos para nosso ranger nos levar para
conhecer o Mala Mala Main Camp, no qual os pequenos tem vez. É um lodge maior,
com outra proposta, mas acredito que igualmente fascinante.
Passamos três maravilhosos dias e
ao final recebemos um certificado que comprova que encontramos os Big 5. Mais
um detalhe que me encantou.
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