sábado, 5 de outubro de 2013

CERTIFICADO INTERNACIONAL DE VACINAÇÃO


Alguns países exigem, para entrada em seus territórios, que cidadãos brasileiros sejam vacinados contra febre amarela.
O documento exigido do viajante é o Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia.
Você encontra aqui a lista da Organização Mundial de Saúde com os países que exigem a vacinação.  O Brasil é considerado um país onde há risco de transmissão de febre amarela. Por isso, brasileiros precisam estar vacinados para visitar todos os países onde há um “Yes” na terceira coluna .
Você deve se vacinar em qualquer posto de saúde ou clínica particular. De posse de documento de identidade e do cartão de vacinação nacional devidamente preenchido com data, lote da vacina e assinatura do profissional que a administrou, você deve ir a um Centro de Orientação de Viajantes da Anvisa para emissão do Certificado Internacional.
Em Fortaleza, o viajante deve se dirigir à Rua Rodrigues Júnior, n. 840, Centro. O certificado é emitido na hora e gratuitamente.
O viajante deverá ser vacinado pelo menos 10 dias antes do embarque e a vacina tem validade de 10 anos. Crianças acima de 9 meses também necessitam ser vacinadas.
Em caso de perda do certificado, basta ir ao Centro de Orientação de Viajantes e solicitar uma segunda via.
Nas hipóteses em que a administração da vacina é desaconselhável (mulheres grávidas, por exemplo) deve ser emitido o Certificado de Isenção de Vacina e Profilaxia. O procedimento é simples: De posse de atestado médico que informe a contra-indicação, o viajante deve ir a um Centro de Orientação de Viajantes e solicitar a emissão deste documento.
Alguns países constantes da lista da OMS exigem a apresentação do certificado mesmo que você esteja fazendo apenas uma conexão. Quer uma dica? Vacine-se, deixe seu certificado junto ao passaporte e fique despreocupado pelos próximos 10 anos.
 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

DIA DO HOLOCAUSTO EM ISRAEL

 

Este ano comemoramos nosso aniversário de casamento, 7 de abril, em Israel.
Estávamos em Tel-Aviv, hospedados em um hotel boutique maravilhoso, chamado The Rothschild.
Exatamente no dia 07/04 a recepção do hotel nos entregou um papel, explicando que no dia seguinte, 08/04, estaria sendo comemorado o Yom HaShoah.
 
 
 
 
Era o Dia do Holocausto, em que o país lembrava e homenageava os seis milhões de judeus mortos no genocídio. Vibrei por poder vivenciar esse momento!
Fomos avisados que, a partir da noite do dia 07, as lojas, restaurantes e demais estabelecimentos comerciais estariam fechados.
Corremos ao supermercado que ficava na esquina do hotel e compramos ingredientes para prepararmos nosso jantar. A pequena cozinha do nosso quarto, que julgávamos sem utilidade, veio a calhar!
Comemos uma massa com frutos do mar assistindo na TV ao filme “A História de Irena Sendler”, pois durante as celebrações do dia do holocausto as rádios e televisões transmitem somente canções e documentários sobre o assunto.
No dia 08/04, pegamos a estrada para conhecer Cafarnaum e Nazaré. No rádio do carro do nosso guia, músicas com tristes melodias.
Às 10:00 deu-se início ao momento mais aguardado por mim. Sirenes antiaéreas soaram. Todos os carros que estavam na estrada pararam, inclusive o nosso. Os motoristas e passageiros desceram e ficaram em posição de respeito.
Por dois minutos o Estado de Israel parou. Todos imóveis, em memória daqueles mortos pelo regime nazista. Com certeza, aqueles que estavam próximos a nós, na fila de carros, relembravam familiares e amigos mortos em guetos e campos de concentração.
Não resisti e filmei. Nas imagens, o único que se move é o meu marido, que também estava registrando esse momento que ficará guardado como uma inesquecível recordação de viagem.  


 
 
 
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

ALUGANDO APARTAMENTO EM PARIS


Em dezembro de 2008 resolvemos passar 20 dias em Paris, incluindo o Natal e o Réveillon. Tomás tinha, na ocasião, 3 anos e meio.
Para ele ficar mais a vontade e para sentirmos um pouco do cotidiano parisiense, optamos por alugar um apartamento.
Depois de muito pesquisar, alugamos através do site www.abritel.fr, no qual particulares anunciam seus imóveis.
Escolhemos um apartamento de uma família francesa que morava no imóvel, mas que sempre viajava no final do ano e alugava a própria residência para ajudar no orçamento. Isso nos deu a segurança de que tudo estaria funcionando, pois imóveis destinados exclusivamente a aluguel às vezes possuem problemas “ocultos”.
O apartamento de 130m² ficava no Trocadéro, com vista para a Torre Eiffel. Três quartos, uma ampla sala com um sofá que virava cama de casal, um banheiro, um lavabo, uma cozinha e uma pequena varanda. As fotos do site condiziam com a realidade.
 
 Sala do Apartamento
 
 
Nossa negociação foi diretamente com a proprietária. Metade do pagamento foi feito antes da viagem, por meio de depósito bancário (através de uma corretora de câmbio). O restante pagamos ao chegar em Paris. Como éramos 6 adultos e uma criança (todos da mesma família), pagamos bem menos do que pagaríamos se ficássemos em hotel. 
 
 Tomás curtindo a vista da Torre Eiffel
 

 
Antes de fecharmos o negócio, nos certificamos sobre alguns aspectos:
- Se havia elevador no prédio;
- Se o imóvel ficava perto de uma estação de metrô;
- Se havia supermercado nas proximidades.
- Se poderíamos contar com alguém para fazer algum serviço de limpeza (pago à parte, claro).
O apartamento ficava no 5° andar e havia elevador. O prédio ficava a cerca de 150m de duas estações de metrô – Trocadéro e Passy.  Na esquina havia um mercadinho e a algumas quadras um Carrefour.
Fazíamos compras no Carrefour e mandávamos deixar “em casa”, para não carregarmos sacolas.
Viramos fregueses do mercadinho. Nada mais cômodo do que dobrar a esquina e ter frutas e pães fresquinhos. E o dono sempre mandava um chocolate para Tomás. Que no dia seguinte passava lá e soltava um “Merci, Monsieur”.
 
 Mercadinho onde fazíamos compras
 
 
 
A dona do apartamento nos recomendou uma faxineira, que, para nossa surpresa, era portuguesa. Foi ela quem nos entregou as chaves e nos mostrou o apartamento quando chegamos. Contratamos seus serviços duas ou três vezes e o pagamento foi feito por hora trabalhada.
Não havia objetos pessoais dos moradores, como roupas, sapatos ou fotos. Havia alguns armários com cadeados, onde acredito que os pertences tinham sido guardados.
 
Cozinha do Apartamento
 
 
Havia máquina de lavar e na parede da cozinha tinha uma espécie de gaveta. Abríamos essa gaveta e nela jogávamos os sacos de lixo, que desciam por uma tubulação até o térreo. Ou seja, não precisávamos recolher o lixo e levá-lo para fora. 
 
 
A experiência foi extremamente positiva, principalmente porque, como Tomás dormia muito cedo, praticamente não saíamos à noite. E nada melhor do que fazer uma massa e ir para a varanda esperar a Torre Eiffel piscar...
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

PERRENGUE EM PLENO VOO

Em 2011 fizemos um tour pela Ásia. Como a viagem era longa, vários países e muitos voos, compramos alguns trechos aéreos em classe executiva.
Um desses trechos foi o voo Pequim - Bangkok, pela Thai Airways.
Como viajamos em executiva, tivemos acesso à Sala Vip do Aeroporto Internacional de Pequim.
Pois bem. Foi aí onde tudo começou.
Estávamos na sala vip, experimentando os canapés, sanduíches e bebidinhas quando entrou um senhor de traços asiáticos, em cadeira de rodas. Sua aparência era bem abatida.
Fiquei com pena. Para onde ele estaria indo? O que estaria fazendo em Pequim? Algum tratamento de saúde?
Passado algum tempo, fomos convidados a embarcar. Nos dirigimos para o portão de embarque e lá estava o velhinho. Iríamos no mesmo voo.
Entramos no avião e adorei tudo. A aeronave era novinha, a tripulação simpática e com lindos trajes típicos da Tailândia. Uma orquídea era o símbolo da companhia aérea.
Nosso voo teria duração de 4 horas.
Sentamos nas nossas poltronas e o senhor sentou duas fileiras à nossa frente, acompanhado de quem eu deduzi ser a esposa. Eles também iriam em classe executiva.
Tão logo o avião decolou a acompanhante do velhinho acionou a chamada de comissários. E eu, duas filas atrás, observando tudo.
A comissária atendeu ao chamado. Saiu e voltou, discretamente, com um balão de oxigênio. Ajudou a colocar no passageiro e sumiu.
Algum tempo depois, nova chamada. Dessa vez para devolver o balão. E eu, duas filas atrás, agradeci a Deus.
Foi servido o jantar (o voo era noturno). Tudo muito caprichado, cheios de detalhes, assim como os trajes da tripulação.
Após o jantar, tudo recolhido, hora ideal para um cochilo.
De repente, a acompanhante do velhinho levantou-se com cara de choro. Gelei. Nova chamada.
A mesma comissária atendeu ao chamado e saiu correndo. Veio, então, a chefe de cabine.
Pelos alto falantes foi solicitada a presença urgente de um médico. Apareceram dois.
Como em um passe de mágica, a classe executiva estava tomada de comissários. Já sem os lindos trajes. Todos descalços. Um deles trouxe novamente o balão de oxigênio. Outro, uma maleta de primeiros socorros. Um terceiro estendeu um cobertor no chão do corredor e colocou o passageiro enfermo. Um quarto comissário começou a fazer massagem cardíaca. E eu, duas filas atrás, assistindo à cena de camarote.
Em desespero, deixei de prestar atenção àquele filme e fiquei olhando para a janela. Meu marido, que estava no corredor, me passava os boletins médicos:
- O velhinho está da cor da minha calça jeans!
Uma senhora, que estava na classe econômica, se juntou a nós. Era a irmã do passageiro. Ajoelhou-se ao lado do meu marido e começou a fazer suas orações. Não sei em que língua, muito menos para qual santo.
Alguns comissários se revezavam na massagem cardíaca, enquanto outros tiravam fotos. Acredito que para comprovar que não houve omissão de socorro.
Passado algum tempo, apareceu o comandante. E se instalou ao lado do meu marido, local onde parecia ter sido eleito o ponto de encontro do voo.
Indagamos ao comandante se pousaríamos em algum lugar ou se seguiríamos viagem. Ele respondeu que os médicos iriam decidir. O que eles dissessem a Thai Airways iria acatar. E arcar com eventuais despesas de todos os passageiros. Mais uma estrelinha para a Thai no meu conceito.
Cerca de 40 longos minutos depois, fomos informados que seguiríamos viagem até o nosso destino. E nos convidaram para continuar o voo na primeira classe.
Passamos para a primeira classe. Poltronas enormes e um carrinho recheado de guloseimas à nossa espera, pois o serviço de bordo estava suspenso.
Eu na primeira classe. Pela primeira vez na vida. E a única vontade que eu tinha era de sair dali.
Não comi nada. Apenas rezei, pedindo aos meus santos que encaminhassem minhas preces a quem de direito, pois com certeza o velhinho não era católico.
Apareceu uma comissária. Aproveitei para perguntar sobre o velhinho. Ela disse que apesar de todos os esforços ele não havia resistido ao voo, informando ainda que havia deixado na executiva apenas os familiares do passageiro.
Finalmente o avião pousou. Corri para a porta. Mas não pude sair porque uma equipe médica estava a postos para entrar no avião. Com maca e roupas que mais pareciam de astronautas.
Eles entraram e se dirigiram à classe executiva.
Em seguida, fomos autorizados a sair. Fui a primeira. Único privilégio que usufrui na categoria mais top da companhia aérea.
Não olhei para os assentos da classe executiva. O que eu tinha presenciado já bastava.   
  
 
   
   

terça-feira, 1 de outubro de 2013

TURMA DA MÔNICA - UMA VIAGEM A PORTUGAL


Em uma das nossas viagens para Portugal, sem o Tomás, comprei para ele, de presente de viagem, um livro do Homem Aranha. Edição portuguesa, claro.
Como ainda não sabia ler, li o livro com ele, que ouvia a tudo atento e agitado.
Ele riu quando eu li “A mota”, ao invés de “A moto”. E não entendeu quando ouviu que Peter Parker “vestiu o fato de Homem Aranha”. Mas tudo isso era fácil de explicar. Mota é moto e fato é roupa, fantasia.
Mas a certa altura do livro, li o seguinte trecho que deixou Tomás muito espantado:
“Mas, enquanto tentava recuperar o fôlego, o Homem Aranha lançou uma teia a uma pesada secretária. Lançou-a contra Doc Ock e este saiu pela janela, directo para a rua”.
Tomás então indagou:
- Mãe, por que o Homem Aranha fez isso com a secretária? Ele não é do bem?
Parei um pouco para entender, pois não havia foto da cena para ajudar. Li silenciosamente outras páginas do livro e matei a charada! Eis o trecho que me salvou:
“Em cima da secretária, uma pilha de contas por pagar saía do meio dos livros da escola ainda por abrir”.
Secretária é mesa, birô!
Aproveitei e expliquei que apesar de falarmos o mesmo idioma que os portugueses, algumas palavras são diferentes. Mais uma informação para o meu pequeno viajante.
Pensando nesse episódio que ocorreu há uns 4 anos, vibrei quando vi na livraria o Livro “Turma da Mônica, Uma viagem a Portugal”. Comprei, lógico.
Trata-se de uma espécie de dicionário, contendo as diferenças do português falado no Brasil e em Portugal. Tudo muito bem ilustrado, como só Maurício de Sousa sabe fazer.
O livro está dividido em capítulos, tais como “Na escola”, “No pequeno Almoço” e “No Centro Comercial”.
Você sabia que “Jogo da Velha” em Portugal é “Jogo do Galo”? E que “Curativo” é “Penso”? Nem eu! Por isso acredito que esse livrinho é bem útil não só para as crianças como para nós adultos!
De uma coisa tenho certeza: A partir de agora a Turma da Mônica irá sempre nos acompanhar nas viagens às terras lusitanas!!!
 
 
 
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...